
A Mulher Invisível
Neste fim de semana, depois de tantas pré-estréias, estreou mais uma típica comédia romântica americana. A grande diferença é que ela é brasileira. A Mulher Invisível tem todo jeito de Splash - Uma Sereia Em Minha Vida, com Selton Mello no lugar do Tom Hanks e Luana Piovani no da Daryl Hannah. Até a trilha sonora (que é bem legalzinha) é 70% internacional. Mas o filme é brazuca, para o bem ou para o mal.
Para o mal, temos o roteiro e a direção. Não são ruins, mas falham pontualmente. Só que em vários pontos do filme. Isso acaba compromentendo o interesse no desenrolar da história. Alguns diálogos forçados, umas soluções rápidas demais, outras lentas e uma oscilação na interpretação do Selton Mello que chega a incomodar. Em 50% do filme ele está ótimo. Na outra metade ele está ou inexpressivo ou exagerado. O diretor Cláudio Torres deixou correr solto.
Para o bem, temos o argumento e o elenco. A idéia da mulher ideal tornar-se realidade é muito boa. A justificativa também. Uma mulher sensacional que não existe, uma mulher real que não é percebida, controladores de trânsito que vivem presos em engarrafamentos. Se tivessem dado uma caprichadinha...
Mas o elenco é um caso a parte. Selton Mello é um grande ator, apesar de não estar tão bem assim. Vladimir Brichta está ótimo como o melhor amigo do personagem principal. Maria Manoella faz com acerto a vizinha apaixonada mas ignorada. Fernanda Torres como irmã da vizinha, Paulo Betti como chefe, Maria Luisa Mendonça como ex-mulher e Marcelo Adnet como roleteiro do cinema são um luxo. Mas é uma mulher muito visível que rouba a cena (e o que mais houver para ser roubado) do filme. É um filme da Luana Piovani. Escândalos e atributos físicos a parte, Luana é uma ótima atriz de comédia. Sua personagem não tem exageros. Há um equilíbrio entre a sensualidade e a inocência. Entre o drama e a comédia. Entre o existir e o não existir. E há a mulher Luana, como um todo, ocupando a tela do cinema, visível até não poder mais, dominando todas as cenas nas quais aparece. Idealizada ao extremo, ela, linda, assiste e comenta futebol, prepara o drinque preferido dele, perdoa as traições e ainda dorme nua esperando por ele. E com o maior jeito inocente e sem baixarias. Um acerto de interpretação da atriz. E um acerto do Claudio Torres quando escalou a Luana Piovani para o papel. Visível. Ainda bem.
O Filme é bom? Não. É ruim? Também não. Tá na categoria legalzinho. Até diverte. Mas poderia ser melhor. A Mulher Invisível não bate esse bolão todo. Já a Luana...
Neste fim de semana, depois de tantas pré-estréias, estreou mais uma típica comédia romântica americana. A grande diferença é que ela é brasileira. A Mulher Invisível tem todo jeito de Splash - Uma Sereia Em Minha Vida, com Selton Mello no lugar do Tom Hanks e Luana Piovani no da Daryl Hannah. Até a trilha sonora (que é bem legalzinha) é 70% internacional. Mas o filme é brazuca, para o bem ou para o mal.
Para o mal, temos o roteiro e a direção. Não são ruins, mas falham pontualmente. Só que em vários pontos do filme. Isso acaba compromentendo o interesse no desenrolar da história. Alguns diálogos forçados, umas soluções rápidas demais, outras lentas e uma oscilação na interpretação do Selton Mello que chega a incomodar. Em 50% do filme ele está ótimo. Na outra metade ele está ou inexpressivo ou exagerado. O diretor Cláudio Torres deixou correr solto.
Para o bem, temos o argumento e o elenco. A idéia da mulher ideal tornar-se realidade é muito boa. A justificativa também. Uma mulher sensacional que não existe, uma mulher real que não é percebida, controladores de trânsito que vivem presos em engarrafamentos. Se tivessem dado uma caprichadinha...
Mas o elenco é um caso a parte. Selton Mello é um grande ator, apesar de não estar tão bem assim. Vladimir Brichta está ótimo como o melhor amigo do personagem principal. Maria Manoella faz com acerto a vizinha apaixonada mas ignorada. Fernanda Torres como irmã da vizinha, Paulo Betti como chefe, Maria Luisa Mendonça como ex-mulher e Marcelo Adnet como roleteiro do cinema são um luxo. Mas é uma mulher muito visível que rouba a cena (e o que mais houver para ser roubado) do filme. É um filme da Luana Piovani. Escândalos e atributos físicos a parte, Luana é uma ótima atriz de comédia. Sua personagem não tem exageros. Há um equilíbrio entre a sensualidade e a inocência. Entre o drama e a comédia. Entre o existir e o não existir. E há a mulher Luana, como um todo, ocupando a tela do cinema, visível até não poder mais, dominando todas as cenas nas quais aparece. Idealizada ao extremo, ela, linda, assiste e comenta futebol, prepara o drinque preferido dele, perdoa as traições e ainda dorme nua esperando por ele. E com o maior jeito inocente e sem baixarias. Um acerto de interpretação da atriz. E um acerto do Claudio Torres quando escalou a Luana Piovani para o papel. Visível. Ainda bem.
O Filme é bom? Não. É ruim? Também não. Tá na categoria legalzinho. Até diverte. Mas poderia ser melhor. A Mulher Invisível não bate esse bolão todo. Já a Luana...