segunda-feira, 8 de junho de 2009

A Nora Que Papai Pediu


A Mulher Invisível

Neste fim de semana, depois de tantas pré-estréias, estreou mais uma típica comédia romântica americana. A grande diferença é que ela é brasileira. A Mulher Invisível tem todo jeito de Splash - Uma Sereia Em Minha Vida, com Selton Mello no lugar do Tom Hanks e Luana Piovani no da Daryl Hannah. Até a trilha sonora (que é bem legalzinha) é 70% internacional. Mas o filme é brazuca, para o bem ou para o mal.

Para o mal, temos o roteiro e a direção. Não são ruins, mas falham pontualmente. Só que em vários pontos do filme. Isso acaba compromentendo o interesse no desenrolar da história. Alguns diálogos forçados, umas soluções rápidas demais, outras lentas e uma oscilação na interpretação do Selton Mello que chega a incomodar. Em 50% do filme ele está ótimo. Na outra metade ele está ou inexpressivo ou exagerado. O diretor Cláudio Torres deixou correr solto.

Para o bem, temos o argumento e o elenco. A idéia da mulher ideal tornar-se realidade é muito boa. A justificativa também. Uma mulher sensacional que não existe, uma mulher real que não é percebida, controladores de trânsito que vivem presos em engarrafamentos. Se tivessem dado uma caprichadinha...

Mas o elenco é um caso a parte. Selton Mello é um grande ator, apesar de não estar tão bem assim. Vladimir Brichta está ótimo como o melhor amigo do personagem principal. Maria Manoella faz com acerto a vizinha apaixonada mas ignorada. Fernanda Torres como irmã da vizinha, Paulo Betti como chefe, Maria Luisa Mendonça como ex-mulher e Marcelo Adnet como roleteiro do cinema são um luxo. Mas é uma mulher muito visível que rouba a cena (e o que mais houver para ser roubado) do filme. É um filme da Luana Piovani. Escândalos e atributos físicos a parte, Luana é uma ótima atriz de comédia. Sua personagem não tem exageros. Há um equilíbrio entre a sensualidade e a inocência. Entre o drama e a comédia. Entre o existir e o não existir. E há a mulher Luana, como um todo, ocupando a tela do cinema, visível até não poder mais, dominando todas as cenas nas quais aparece. Idealizada ao extremo, ela, linda, assiste e comenta futebol, prepara o drinque preferido dele, perdoa as traições e ainda dorme nua esperando por ele. E com o maior jeito inocente e sem baixarias. Um acerto de interpretação da atriz. E um acerto do Claudio Torres quando escalou a Luana Piovani para o papel. Visível. Ainda bem.

O Filme é bom? Não. É ruim? Também não. Tá na categoria legalzinho. Até diverte. Mas poderia ser melhor. A Mulher Invisível não bate esse bolão todo. Já a Luana...

3 comentários:

Kelly Oliveira disse...

Sendo assim, vou assistir numa tarde de chuva... em dvd!

Bjs

Urbano disse...

Ei, não vai destruir os Transformers? amarelou...

kaorutayuu disse...

alguém me prometeu um post novo! (*bate o pezinho no chão*)