sábado, 1 de maio de 2010

Tony Stark tira onda!


Homem de Ferro 2

Depois de muito tempo sem atualização (a vida anda agitada, meus amigos), o Rolla no Escurinho do Cinema volta em grande estilo: Homem de Ferro 2!

Se você gostou do primeiro filme, vai gostar desse. O clima é o mesmo. Até os defeitos são os mesmos. Cinemão pipoca de boa qualidade, diversão garantida. Mas, aqui entre nós, o tal do Homem de Ferro não é nada interessante. Bom mesmo é o Tony Stark. E melhor ainda é Robert Downey Jr. O filme é deles. Um filme de ator e personagem. O anti-herói que vira herói, que zomba das instituições, que é inteligente e fútil ao mesmo tempo, que é arrogante, tudo isso faz de Tony Stark a grande atração do filme. Apesar de alguns dramas mal explorados (a saúde do personagem, por exemplo), o filme acerta no trabalho com o alter-ego do herói. O Homem de Ferro, em si, é chato, é um tanque de guerra que se pode vestir. O homem por dentro da armadura, no entanto, é muito interessante. E é nesse composto de drama e humor de Stark, que Jon Favreau vai costurando cenas de ação para dar ritmo à história.

Nota-se claramente que essa continuação teve mais verba para efeitos especiais que o primeiro filme. As cenas de ação são mais grandiosas. Há muito mais explosões e carros sendo destruídos. Você piscou, um carro explodiu. Como você já se acostumou com as armaduras (por causa do primeiro filme), os trajes já não causam tanto impacto. Nem mesmo a Máquina de Combate impressiona. Mas isso não é um problema, pelo contrário, é uma qualidade. As cenas e as relações interpessoais são mais interessantes do que os supertrajes. E as pessoas são mais importantes que a tecnologia. E, aí, a seleção do elenco ajuda muito.

Mickey Rourke tem cara, jeito e atuação de vilão. Você sabe que ele vai fazer algo bem mau. Não precisa de muito esforço para entrar no personagem. Mas ele se esforça e dá sensibilidade ao inimigo do herói. Sam Rockwell já provou sua qualidade de ator. A opção pela caricatura na interpretação do concorrente de Stark é bem acertada num filme que também tem as crianças como público. Gwyneth Paltrow retorna como Pepper Potts e, mais do que no primeiro Homem de Ferro, confirma que é boa atriz. Scarlett Johansson é Scarlett Johansson. Está lá para ser a gostosa de plantão. E é. E é só isso (tem talento para ser mais). Deve fazer mais coisa no filme dos Vingadores. Samuel L. Jackson é Samuel L. Jackson. Em algum momento você espera que o Nick Fury declare "Eu odeio essas cobras!". Mas não compromete. Don Cheadle é o novo James Rhodes. É um ótimo ator e o embate com seu amigo Tony fica muito interessante. Mas é o tal de Tony que é o dono do espetáculo. Aliás dono de tudo. E o dono de Tony é Robert Downey Jr. Bem-vinda ressurreição de Downey Jr. Ótimo ator, ótimo tempo de comédia, ótima personificação de Stark. Tudo bem que as vidas dos dois têm semelhanças, mas ele faz o personagem com o limite certo do real e da caricatura (afinal, é um filme de super-herói). E os diálogos ajudam nisso. É ótimo ver o dono de uma ex-indústria de armamentos, que usa uma armadura que pode explodir tudo, zombar do governo americano nas questões bélicas.

Homem de Ferro 2 é isso aí: diversão. Não quer ser mais do que isso e é tudo isso. E o tal do Tony Stark tira a maior onda...

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