sábado, 29 de maio de 2010

Comentário Amigo - Sex and the City 2, por Ana Paula Bazolli

Menos sexo, menos cidade, mais diversão.

Não poderia ter sido melhor a escolha da data de estreia no Brasil do segundo filme sobre as quatro amigas novaiorquinas cheias de estilo, semana de Fashion Rio. O longa comemora o meio século das moçoilas com chave de ouro. Samantha, Carrie, Charlote e Miranda estão envelhecendo, mas com o mesmo glamour e bom astral de antes. Saem um pouco das histórias sexo/ relacionamento passageiro e assumem papéis familiares em busca da felicidade. Filhos, rotinas, traição e menopausa são alguns assuntos que elas discutem não mais em um restaurante chique em Manhattan, mas sim em um hotel chique nos Emirados Árabes. Elas dispensam as burcas e mesmo em Abu Dhabi abusam de seus decotes, fendas e um figurino para lá de exagerado até para andar de camelo, sim, mas essas são as meninas de Sex and the City. Que graça teria sairmos de casa para ir ao cinema ver mulheres normais que usassem havaianas e não os lindos sapatos Manolo Blahnik de 500 dólares?

Não são apenas patricinhas e sim, mulheres bem sucedidas, independentes, que fazem o que bem entendem com seu corpo e com o seu dinheiro. Uma ameaça para homens que adoram a versão submissa de nós, não? Durante todos esses anos, essas mulheres buscaram uma única coisa, a felicidade e parece que foi no deserto, longe dos agitos, que encontraram as respostas que não tinham para a feliz IDADE. Não precisa ser casada paras ser feliz, acredita Samantha que prefere uma boa noite de sexo até na terra proibída. E também não precisa se ter filhos para ser completa, acredita Carrie. Essas mulheres fizeram um sucesso, pois não tiveram medo de serem elas mesmas e levar a vida como achavam que deveriam, sem rótulos e fiéis a amizade acima de qualquer coisa.

Não tem jeito, todos nós mortais gostaríamos de ter um dia dessas meninas ou ser amigas delas. A atriz Deborah Secco, bem sucedida, linda, que casou com um milionário em um castelo, dispara na pré-estreia “Eu queria ser Carrie”, imagina nós, Deborah? Mas ela quer dizer não só na maneira de se vestir, e sim nas atitudes e no jeito independente da personagem, confessou ela ao dizer: “Queria ser menos passiva e dar um grito de vez em quando”, o que falta de coragem em Deborah sobra em Carrie.

Mesmo aproveitando o embalo da Semana Fashion, não podemos ousar demais e nos dar ao luxo de andar com um chapéu enorme na cabeça para fazer moda, seríamos ridicularizadas, nem usar um Rolex nas rua, mesmo que da Zona Sul, a não ser que você não ligue em ter seu relógio nos braços de outro alguém. Sem contar com as situações climáticas, né? Os lindos casacos de Samantha não podem ser usados no país tropical.

A crítica caiu de pau e soltou: "o filme é vazio e preconceituoso com árabes", mas, esqueceram de dizer que é super aberto as relações homossexuais e começa com um casamento gay. Ora bolas, fãs de Woody Allen nunca iram gostar deste filme, onde cabeça foi usada para usar chapéu, rs, mas a proposta tamém não era essa. O filme é ótimo, divertido, exagerado, como não poderia deixar de ser, mas é de "mulherzinha". Trata de questões emocionais de nós. Não vá ao cinema com seu marido e espere que ele goste e entenda. A cabeça deles é muito pequena para caber um closet tão grande. Entre na sala, se despeça dele do lado de fora e o deixe assistir na sala ao lado, "A fúria de titãs", rs. É tão bom poder ter apenas um dia de Carrie ou de Deborah sem ninguém encher o saco, mesmo que seja uma sensação por duas horinhas de paz no escuro do cinema...

Um comentário:

Maria Edwirgens disse...

Certamente seu blog ta muito mais atualizado que o meu! rs

Ando lendo desde ontem e adorei tudo por aqui!
Jah foi devidamente favoritado =)

Maria